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sábado, 4 de março de 2017

A Fábula da Formiguinha Trabalhadora

Há muitos anos tive contato com algumas fábulas que de fato são interessante para analisar certas questões organizacionais. Compartilho com vocês a fábula da Formiguinha Trabalhadora, para repensarmos nas questões de estrutura e produtividade.

Todos os dias a Formiga chegava cedinho em seu departamento e começava a trabalhar, pois tinha muitas formiguinhas para sustentar. Produzia e gostava do que fazia, era feliz.
Mas o novo chefe, Sr. Leão, que assumira o posto recentemente, estranhou que a formiga trabalhasse sem supervisão e deduziu: "Ora, se a Formiguinha produz tanto sem supervisão, melhor seria se fosse supervisionada...". E assim o novo administrador contratou a Barata, alguém muito importante e que, segundo alguns entendidos tinha muita experiência como supervisora, fazia belíssimos relatórios e trazia informações importantes.
A primeira preocupação da  Barata foi a de estabelecer um relógio-ponto digital datiloscópico para controlar a entrada e saída da formiguinha no trabalho. Em seguida a Barata precisou de uma secretária para ajudá-la a preparar e digitar os relatórios. Assim, contratou a Mosca que, além de ficar zunindo pra lá e pra cá, organizava os arquivos.
O Sr. Leão ficou encantado com os relatórios da Barata e pediu ainda mais estatísticas e gráficos com índices de produção e análise de tendências, os quais eram mostrados em reuniões específicas para o caso. Foi então que a Barata solicitou a compra de um laptop e uma impressora laser e admitiu o Grilo Falante para gerir o departamento de informática e informações.
O Grilo trilava com tantos acessos de Internet, ligações telefônicas e começou a controlá-los repassando-os aos ouvidos da Barata, que por sua vez os relatava ao Sr. Leão.
Qualquer pó, um cisco qualquer que a Formiguinha colocasse em lugar indevido, recebia uma repreensão e punição.
A Formiguinha laboriosa, autêntica e prática, e que não gostava de afagar egos e satisfazer caprichos de chefe, passou de produtiva e feliz, a lamentar-se com todo aquele universo de papéis, burocracias, picuinhas e reuniões que lhe consumiam o tempo!
Com o passar dos dias o Sr. Leão achou que a produtividade ainda não estava boa e concluiu que era o momento de criar a função de Gestor para a área onde a formiguinha operária trabalhava. O cargo foi dado a uma Cigarra, cuja primeira medida foi comprar um carpete e uma cadeira ortopédica para o seu gabinete. E ficava só estridulando.
A nova gestora, a Cigarra, precisou ainda de computador e de uma assistente (que trouxe do seu anterior emprego) para ajudá-la na preparação de um plano estratégico de otimização do trabalho e no controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e a cada dia se mostrava mais enfadada, desestimulada, desencantada e deprimida. E ficava agora só pensando besteiras, e não mais tinha tempo para pensar em trabalhar.
Foi nessa altura que a Cigarra convenceu o gerente, o Sr. Leão, da necessidade de fazer um estudo de inventário. Ao considerar os estoques, o Sr. Leão deu-se conta de que o Gabinete em que a formiguinha trabalhava já não rendia como antes, e contratou a dona Joaninha, uma prestigiada consultora, muito famosa em auditoria, para que fizesse um balanço, com diagnóstico e soluções.
A Joaninha permaneceu três meses nos gabinetes e fez um extenso relatório, austero, em vários volumes, que concluía: "Há muita gente neste setor".
Quem o Sr. Leão acabou demitindo? Depois de consultar a Barata, o Grilo e a Cigarra, decidiu demitir a Formiga, pois andava muito improdutiva e desmotivada.
Fonte: adaptado de www.fabulasecontos.com.br/?pg=descricao&id=573

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