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terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Sobre transformar a vida das pessoas

 Desde o começo de meus 10 anos de docência no Ensino Superior (cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de negócios e engenharia) sempre tive uma grande preocupação em trazer aos alunos coisas úteis.

Sendo professor de uma Universidade particular, em que os alunos pagam uma mensalidade significativa, penso que nada mais justo do que em cada semestre, com cada professor, eles poderem receber algo de útil para usar em suas vidas pessoais ou profissionais.

Recordo que quando eu sentava na sala de aula no início de cada semestre em cada aula eu ficava pensando se seria mais uma atividade que eu cursaria só para cumprir tabela ou se ela de fato agregaria algo de útil em minha vida.

Quando me tornei professor, me coloquei no lugar desse "eu aluno" e a cada turma nova eu ficava pensando em como arquitetaria as aulas para tentar cumprir as exigências das ementas e ao mesmo tempo trazer algo útil, valioso, para as vidas deles, que pudesse fazer a diferença.

Assim inseri em uma aula de Mensuração de Desempenho uma dinâmica para trazer uma organização aos objetivos estratégicos de vida dos alunos, usando uma ferramenta que geralmente é utilizada por empresas, mas que eu adaptei para eles usarem para a vida deles.

A dinâmica ficou muito bacana, bem embasada e consegui de fato fazer boa parte dos alunos (re)pensarem em como estão organizando seus objetivos de vida, e principalmente, em como estão se organizando para chegar lá. Estariam eles focando no que é importante para os objetivos? E talvez o mais importante: estariam eles perdendo tempo e energia com coisas que não são importante para os objetivos?

Pois bem, o maior ícone que tive conhecimento do sucesso desta dinâmica foi o Dirceu, que convidei para aparecer em novas turmas depois para dar seu depoimento e chamar a atenção dos demais alunos para a importância da dinâmica que iria acontecer logo em seguida.

O Dirceu conta no vídeo boa parte do que aconteceu, então não vou ficar descrevendo aqui, mas você pode ver que a vida dele mudou significativamente.


Esse é o espírito, e eu felizmente pude compreender isso cedo. Entendi que minha missão ali não era simplesmente dar aulas; era ajudar a transformar a vida das pessoas que anseiam por uma transformação. Certamente eu não consigo atingir a todos, mas se houver um ou dois Dirceus a cada semestre, considero que estou cumprindo minha missão.

Dirceu, fico feliz em ver toda a transformação que eu na verdade só dei um empurrãozinho, porque a vontade estava já dentro de ti. Agradeço de coração por ter dado esse e outros depoimentos, pode ter certeza de que é por coisas assim que a gente vê que realmente vale a pena querer ajudar a transformar a vida das pessoas. Segue o link para o negócio do Dirceu, para quem se interessar, são materiais para casa e jardim modernos, bonitos e duráveis: https://www.instagram.com/obraprime/ https://www.betonart.com.br/?utm_source=youtube&utm_medium=Fabiano&utm_campaign=Video

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

NO CODE não é sobre programação, é sobre PROCESSOS!!!

Conversando com algumas pessoas, vejo que a percepção que geralmente aparece é de que esse "negócio" de "no-code" é coisa para programadores ou empresas de programação. Ledo engano!!!!

Eu já estudei programação, e também já pesquisei muito sobre PROCESSOS. Passei alguns anos na faculdade estudando o tema. Depois da faculdade, fiz Mestrado, e obviamente por compreender a importância de as empresas terem processos eficazes e com produtividade, e principalmente, processos que gerem diferenciais competitivos perante os concorrentes, minha dissertação envolveu simulação de processos. Depois do mestrado, passei 10 anos ensinando na Universidade sobre processos, entre outros temas diversos.

Então, por mais que eu já tenha trilhado esse caminho, entendendo que ainda há muito o que aprender sobre processos depois de duas décadas pesquisando sobre, e entendendo razoavelmente sobre programação (se não me engano meu primeiro curso de programação, em Clipper, foi lá pelos idos de 1991, depois vieram outras linguagens, mas isso é assunto para outra hora), tenho confiança e autoridade suficiente para afirmar que a tecnologia é importante e essencial para muitas coisas, mas sem sombra de dúvidas ela é extremamente relevante para apoiar PROCESSOS MELHORES.

Por isso eu afirmo também categoricamente: NO CODE envolve programação, mas a "big wave" que está por vir, que está começando a se formar, não é sobre programação: é sobre PROCESSOS!

Muitas empresas gastam rios de dinheiro com a área de TI, com licenças de uso de software, ou quando tem times internamente para desenvolver, tem os custos elevados de manter pessoal de tecnologia (não estou dizendo que seja desnecessário, mas é uma realidade). Todo mundo em todas as empresas fazem coisas que de vez em quando pensam "como seria bom se o meu sistema fizesse isso". Ou tarefas que a gente faz muitas vezes no piloto automático, de tão triviais, que um software poderia já resolver mais de 80% dos casos e deixar para serem resolvidas por pessoas somente aquelas que merecem uma atenção especial ou algum processo de decisão mais elaborado.

E aí, quando se pensa em solicitar a TI que faça uma "alteraçãozinha simples" no sistema que poderia tornar o processo melhor, a solicitação muitas vezes entra numa fila gigantesca, porque a área de TI geralmente não tem capacidade suficiente para dar conta de todas as demandas. Sabe porque não tem? Porque não tem gente suficiente. Profissionais de TI são caros, é a Lei da Oferta e da Demanda. Como somente 0,3% da população mundial programa, não tem como esse pessoal dar conta de todo o trabalho. Logo, vagas sobram, salários e benefícios crescem, e as coisas continuam andando mais devagar do que deveriam porque não tem gente suficiente. E mais: se a empresa tiver bons critérios de priorização, alguém provavelmente vai olhar para sua solicitação e ver se é estratégica ou se precisa ser resolvida urgentemente para não ocasionar outros problemas maiores. Se a resposta a essas perguntas for "não", por mais simples que seja a alteração, ela corre sério risco de entrar numa fila quase infinita, que sempre terá outras prioridades passando na sua frente.

Então, cada vez mais programadores estão focados no que é mais estratégico para o negócio, o que não quer dizer que tarefas operacionais não sejam, mas aí é uma questão de priorização e custo-benefício. A solução clássica para esse problema todo a gente já sabe qual é: dezenas de planilhas de Excel auxiliares que precisam ser atualizadas com frequência ou a contratação de softwares de terceiros que possam resolver o problema, muitas vezes sem a autorização e ciência da área de TI - o que já tem corpo e nome, sendo chamado de SHADOW IT, o que seria uma espécie de área de TI paralela da empresa.

Ou seja, por mais que queiramos que a área de TI da empresa centralize tudo para garantir segurança, padronização, aderência, controle de custos e outras coisas mais, essa já é uma luta perdida, porque a empresa precisa funcionar de forma eficiente, a TI conseguindo atender as demandas ou não, tornando a SHADOW IT uma realidade em praticamente todas as empresas do planeta.

Qual a solução para isso? Empresas de TI atentas a escassez de programadores começaram a desenvolver softwares que não usam programação (NO CODE) ou que usam muito pouca (LOW CODE). Essas plataformas geralmente usam interfaces mais intuitivas para criar o código por trás da interface. Isso não é uma coisa nova. Se você já usou softwares como Frontpage, WIX e uma "cacetada" de outros por aí, já usou softwares NO CODE/LOW CODE. A grande questão é que, sem precisar aprender programação, ou precisando aprender muito pouco, é possível que pessoas com uma base lógica consistente possam entender o problema e com uma curva de aprendizado muito rápida, desenvolver uma solução muito satisfatória para os problemas.

E essas soluções estão se popularizando cada vez mais. Hoje já existem excelentes soluções NO CODE/LOW CODE para desenvolvimento de aplicativos web, aplicativos para smartphones, aplicações para suporte a processos em geral... E por isso eu digo: o NO/LOW CODE está chegando para permitir o surgimento de um exército novo de profissionais capazes prover soluções para os problemas de processos das empresas. Os "programadores" NO CODE terão espaço no mercado em qualquer empresa, não somente empresas de desenvolvimento de software, pois todas as empresas possuem PROCESSOS que precisam ser MELHORES.

Isso não desmerece de forma alguma os programadores tradicionais. Esse pessoal vai continuar existindo, dando conta de demandas mais essenciais e provavelmente até, construindo ferramentas NO/LOW CODE para permitir que as pessoas possam fazer os trabalhos que eles não tem mais braço para fazer.

Então, meu amigo, minha amiga, eu espero que essa postagem tenha te convencido você sobre a minha afirmação inicial: a revolução NO/LOW CODE que já toma forma hoje no mundo não é sobre programação, é sobre PROCESSOS!

Se você se interessou e quer ler um pouco mais sobre o tema, sugiro esta publicação aqui: https://blog.zeev.it/o-que-e-low-code/

Acompanha aí, que eu vou seguir fazendo publicações sobre o tema. A revolução está apenas começando! E já há muito a ser dito sobre o assunto!